quinta-feira, 12 de maio de 2016

Veja a repercussão sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma

12/05/2016 07h26 - Atualizado em 12/05/2016 18h30

Veja a repercussão sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma

Votação no Senado foi de 55 votos a favor à abertura do processo e 22 contra.
Presidente fica afastada por até 180 dias enquanto é julgada no Senado.


O plenário do Senado Federal aprovou às 6h34 desta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a favor e 22 contra. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias. O vice-presidente Michel Temer assume.
Veja a repercussão do impeachment, por ordem alfabética:
Aécio Neves, senador (PSDB)
"Eu não tenho dúvidas que o Brasil terá uma nova chance e todos nós daremos nossacontribuição para que essa nova página seja escrita. A interrupção de mandato não é motivo de comemoração para ninguém, mas prevalece que aqui no Brasil a lei vale para todos. Espero que o vice Michel Temer possa constituir o seu governo e que apresente ao Congresso um conjunto de propostas para esse novo tempo", disse, no Twitter.
Ana Paula, jogadora de vôlei
"Não chamo Picciani de Ministro nem que a vaca tussa. E a minha não tosse. Podem printar. Sonho um dia ver o Esporte ser levado a sério nesse país. Não apenas em época de Olimpíadas ou quando querem sair na foto. Picciani não me representa.", disse, no Twitter.
Astrid Fontenelle, apresentadora
"Bom dia!! Ou Melhor dia. Uma coisa todos têm concordar: que mulher forte! Tão forte que talvez tenha sido esse o motivo da queda. Dólar em alta, bolsa em queda. A expectativa positiva do mercado sumiu. Agora o jogo é pra valer? Antes era o que?", disse no Twitter.
Bruno Mazzeo, ator
"Tem filho do Sarney com ministério no novo governo. O Brasil realmente não faz a menor questão de mudar. 'Um país que não sabe ler e escrever é um país fácil de ser dominado.' Nos diz algo? Nunca votei no PT. Ñ acho que a merda começou com PT. Ñ acho que a merda agora acabou. Acho patético quem vibra como se fosse futebol. Falei só pq tudo q critico gera Lei Rouanet, TchauQuerida, metralha etc. Pra mim a merda vem de longe. E desse jeito, ainda vai longe. Ou, parafraseando a própria Dilma: 'Agora que atingimos a merda, vamos dobrar a merda'. Minha torcida é pela reforma política. Menos partidos e deputados, fim voto de legenda, saída das velhas raposas. Mas p/ mudar tem q querer", disse, no Twitter.
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
"A CUT não reconhece o governo Temer e o condena como ilegítimo. Junto com as forças democrático-populares representadas pela FBP e pela FPSM, resistirá a toda e qualquer iniciativa que vise retirar direitos dos (as) trabalhadores (as), precarizar as relações de trabalho, diminuir o investimento nas políticas sociais e piorar a qualidade das políticas públicas. Não aceitaremos que a classe trabalhadora e os setores mais  pobres da população sejam onerados com mais sacrifícios", disse, em nota no site.
Dilma Bolada, página do Facebook 
"Dilma Rousseff é e continuará sendo a única Presidente legítima do Brasil até 31 de dezembro de 2018 conforme a Constituição Federal de 1988 e sob o respaldo da decisão soberana e democrática do povo brasileiro. Eu me orgulho muito de ter lutado ao seu lado, Presidenta. Muito. E se preciso fosse, enfrentaria todos eles de novo, quantas vezes fosse preciso. VIVA O BRASIL! VIVA A DEMOCRACIA! VIVA DILMA ROUSSEFF!"

Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social 
"A admissão deste processo ilegal de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado, na manhã desta quinta-feira, é um inaceitável desrespeito à Constituição e à vontade do povo brasileiro. As regras do jogo democrático estão sendo desrespeitadas e o voto popular, ignorado. Lamentavelmente, o Brasil amanhece hoje um país cuja democracia está enfraquecida. Este desvirtuamento dos procedimentos pelas próprias instituições brasileiras tem um só nome: golpe irreparável contra a ordem democrática", disse, em nota, em seu blog.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara
"Boa tarde a todos. Apenas uma frase: antes tarde do que nunca", no Twitter

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
"A instauração do processo de impeachment pelo Senado Federal é mais um exemplo da força da democracia brasileira. Agora terá início um novo Governo. Um novo Brasil, que deve estar unido na busca pela superação da crise e da retomada do crescimento. [...] O Sistema FIRJAN propõe como inadiáveis a adoção de uma nova política fiscal, com a fixação de metas para a dívida pública; a reforma da Previdência; um amplo programa de venda de ativos públicos; e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto que altera as regras para a exploração do Pré-Sal", disse, em nota.
Fernanda Motta, modelo
"Acordei hoje um pouco cansada de tudo isso. De corrupção, roubalheira, povo sofrendo, pessoas insensíveis, pessoas sem caráter! E fico pensando: a culpa é de quem? Somos todos coniventes com o país do jeitinho, das tramoias, etc... Acordei muito cedo, sem sono, e olhando a internet me senti enjoada... Olhando as redes sociais, fiquei mais enjoada ainda! Percebendo que muitas daquelas pessoas também vivem em um mundo todo errado! Gente que usa o nome de Deus, que apresenta uma postura e uma vida que não existe. Falsidade está em todo lugar. Está faltando mais vida real, mais amor, realidade, naturalidade! Está faltando não só para os políticos, mas para nós também, faltando vergonha na cara! É isso... fui!", disse, no Twitter.
Fernanda Paes Leme, atriz
"Com a base aliada mais ficha suja da história e sem nenhuma mulher em seu ministério, Temer assume a presidência do nosso país", no Twitter.
Fernando Meirelles, cineasta
"Presidenta diz que sofreu um golpe dos que não foram eleitos. Como assim? Alguém me explica?", disse, no Twitter.
Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado
"Ontem tivemos políticas públicas que fizeram o país avançar. Certamente esse legado será lembrado pelo povo brasileiro. Quanto a recursos, vamos avaliar se cabe algum tipo de recurso a essa decisão. Nosso primeiro passo vai ser resgatar o programa do PT, acompanhar esse governo ilegítimo e defender a força das nossas propostas."
Jair Bolsonaro (PP-RJ), deputado federal
"Do Mar da Galiléia/Israel, parabenizo a todos os Brasileiros que lutaram por esse momento."
Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment
"Há um sentimento de dever cumprido. Muito embora eu saiba que agora o trabalho continua. O processo se inicia hoje, eu terei que ir mais a Brasília, mas a maior lição e ganho disso tudo é mostrar o império da lei e do direito", disse, ao G1.
Jean Wyllys (PSOL-RJ), deputado federal
"A história colocará os golpistas em seus lugares. A desobediência civil será o nosso caminho. #DiretasJá #VaiTerLuta", disse, no Twitter.
José de Abreu, ator
"Finalmente a direita conseguiu o poder. No golpe de novo, como sempre. Será que o @AecioNeves ficou feliz? Temer usa o slogan do positivismo que foi motivo de piada na França e acabou c a carreira de seu criador Auguste Comte. N conhece história", disse, no Twitter.
José Ivo Sartori (PMDB), governador do Rio Grande do Sul
"Vivemos um dia histórico! Os maiores desafios do Brasil neste momento são estabilizar a política e recuperar a economia. Espero que prevaleça um clima de ordem e serenidade. A democracia é feita de discordâncias, mas precisaremos encontrar caminhos. [...] Desejo sucesso a Michel Temer e sua equipe. Sucesso ao Brasil! Que o governo esteja à altura do desafio histórico que se coloca diante da Nação", disse, em manifestação no facebook.
José Roberto Afonso, economista e pesquisador do Ibre/FGV
"O novo governo Temer receberá a mais pesada herança maldita da história macroeconômica do Brasil e talvez da maioria dos outros países. Se o desafio é monumental, ao menos tem uma oportunidade única e ímpar de ter apoio parlamentar para realizar profundas reformas institucionais que reponha o país no trilho do crescimento que, realisticamente falando, só virá no médio e longo prazo. Não faltam soluções técnicas à disposição do novo governo, ainda que sejam complexas e difíceis. Espero que não falte vontade política.
Juliana Alves, atriz
"Quanto mais ódio, mais fácil manipular um povo com ódio ou com medo. Distorcendo a verdade, cuidando de seus interesses. Lamentável. Deus nos ilumine", no Twitter.
Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco
"Temos esperança e confiança no novo governo. Sem euforia, sabemos das dificuldades à frente e estamos prontos para enfrentar os desafios. Não podemos ceder à inércia da desesperança. O Brasil tem economia forte e população trabalhadora. Há pilares que nos dão ânimo. Enfatizamos que o tempo é curto e precisamos de uma condução firme, mas de consenso possível, para superarmos o atual momento".
Leoni, músico
"O Presidente, a partir de hoje, é um ficha-suja. Até ontem não era.", no Twitter
Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
"Achamos um absurdo afastar uma presidenta sem crime de responsabilidade, é uma grande injustiça. Não há crime de responsabilidade. Está sendo afastada porque há maioria parlamentar contra ela. [...] agora vamos entrar em nova etapa, uma mais técnica, e eu acredito ainda que na batalha final do julgamento temos chance, porque eles vão precisar de 54 votos e tiveram 55."
Luciana Genro, fundadora do PSOL
"Nunca tive dúvida de que nas mãos do Congresso Nacional o resultado seria o que estamos vendo: a saída de um governo sem apoio popular para outro com menos legitimidade ainda, amparado na mídia corporativa e no próprio Parlamento decadente. As eleições gerais seriam um outro caminho. Mas o governo que está caindo hoje não quis em nenhum momento deixar falar o povo e a oposição de direita tampouco, pois sabe que não tem votos para ganhar o governo via eleições", no Twitter.
Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney
"O ambiente vai melhorar, a confiança tende a se recuperar e a economia pode se reanimar. Há, todavia, um excesso de otimismo sobre as possibilidades do governo Temer... As reformas que se espera são muito mais complexas e difíceis do que se imagina. Todas exigem mudanças na Constituição, robusto capital político e capacidade de enfrentar os poderosos grupos de interesse que se oporão às mudanças".
Marcelo Tas, apresentador 
"Dilma diz que quem assume o governo é quem perdeu as eleições. Mentira: é gente da chapa dela, inclusive com repetição de Ministros. Dilma, uma "pessoa humana", bugada e sem auto-crítica. Tenho compaixão por ela #ReconstruçãoDoBrasil", disse, no Twitter.

Monica Iozzi, atriz
"Como diria Cazuza: "Eu vejo um museu de grandes novidades", disse, no Twitter.
Paulo Câmara, governador de Pernambuco
“Precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros. Estou à disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes."
Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp
"Esse governo interino que ascende ao poder por meio de um processo questionável deve incorrer em dois grandes erros econômicos: 1º) dar continuidade à política de austeridade que tem contribuído para deprimir a economia brasileira e que se mostra contraproducente quanto ao seu objetivo de reduzir a divida pública e 2º) impor à sociedade reformas estruturais que não passariam pelo crivo das urnas, o que tornará ainda mais impopular, antidemocrático e ilegítimo"
Pitty, cantora, no Twitter
"Parabéns pra você que trocou 6 por 666."
Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina
"Tinha que ter uma solução. É claro que esse encaminhamento exige novas atitudes. Nós precisamos mudar o sistema, mudar o modelo. Não é só as pessoas ou siglas partidárias. Para isso, a gente tem que fazer a reforma da Previdência, tem que diminuir o custo do Estado. Nós temos que mexer na legislação trabalhista e para tudo isso nós temos muito pouco tempo."
Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva
"O simples afastamento de Dilma, em si, não colocará fim às graves crises pelas quais passamos. [...] O enfrentamento desta situação começa pela mudança das posturas dos agentes políticos e uma recomposição das políticas públicas em torno de diretrizes pactuadas com a sociedade, partindo da premissa fundamental de limitação de todo poder por meio da transparência e do controle social. [...] Comprovado que a soberania popular foi influenciada ilicitamente no último pleito, deve-se restabelecer aos cidadãos e cidadãs o poder de decidir sobre os rumos do país por meio de novas eleições presidenciais diretas, ainda neste ano. Só assim a nação, com a repactuação legitimada pelo voto popular, entrará efetivamente na trajetória das mudanças necessárias para que o Brasil seja passado a limpo.
Regina Duarte, atriz
"Todo poder emana do povo que exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente", no Instagram
Roger Moreira, músico
"Chora, não vou ligar... Tchau petralhada. Vão pros quintos dos infernos", no Twitter.
Romero Jucá (PMDB-RR), senador
"A prioridade do novo governo é, primeiro, construir uma estabilidade política no Congresso para ancorar todo tipo de medida necessária para restabelecer o rumo do país. A segunda questão é reorientar a economia, através da recuperação da credibilidade, da segurança jurídica e da capacidade de o governo retomar a previsibilidade da economia para que os agentes internos e externos possam voltar a investir e acreditar no Brasil."
Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do DEM no Senado
"Durante um ano e meio a sociedade realizou mobilizações com milhões em todo o país. Nós, o parlamento, fomos forçados a tomar uma decisão. A pauta não é do Democratas. Não é do PMDB. Não é de Temer. Ela foi construída pelos movimentos de rua e pela sociedade brasileira. Não foram os partidos políticos os principais alavancadores do processo que afastou a presidente. Foi a sociedade civil e suas mobilizações. Temer precisa mostrar para a população que nós não vamos mais conviver com esse modelo político-partidário. Que acabou essa política. Presidente agora tem que ter sintonia, fazer a tarefa de casa e cortar na carne, nos ministérios, nas mordomias, nos cargos comissionados", disse, no Twitter.
Rui Falcão, presidente do PT
"A admissão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff [...] é a continuidade do golpe contra a democracia e a Constituição. Mais uma vez em nossa história, as elites pisoteiam o voto popular, abrindo caminho para a imposição de um governo ilegítimo. [...] O revés sofrido neste 11 de maio, perante as forças da infâmia, da traição e do golpismo, será respondido com redobrado ânimo de combate pela restauração constitucional e a absolvição da presidenta Dilma Rousseff, no julgamento de mérito que se realizará dentro de alguns meses.  O Partido dos Trabalhadores, ao lado dos demais integrantes da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, e em conjunto com todas as forças democráticas, continuará mobilizado nas ruas e instituições nacionais."
Tico Santa Cruz, cantor 
"Havia dito que independente do resultado quando acabasse essa primeira etapa do processo de impeachment iria deixar de lado essa questão e descansar um pouco.
Hoje acordei com uma vontade de lutar como nunca havia acordado antes! Não há motivos para baixar a cabeça! Vou lutar até o fim", disse, no Facebook.
União Nacional dos Estudantes (UNE)
"Ao determinar o afastamento da presidenta da República legitimamente eleita Dilma Rousseff por meio do golpe de um processo apodrecido de impeachment, o Senado Federal aprofunda a ferida aberta na democracia nacional já no fim das eleições presidenciais de 2014, quando perdedores decidiram, à força, sair vencedores da disputa das urnas. É o movimento para remover, sob quaisquer condições, um projeto popular e progressista de desenvolvimento que passou a priorizar as camadas historicamente excluídas das políticas públicas nacionais", disse, em nota.
Zezé Perrela, senador
"Satisfeito com o resultado!!! Eles acharam que eram os donos do Brasil", disse, no Twitter.

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