terça-feira, 26 de abril de 2016

Temer pretende cortar ao menos 7 ministérios em eventual governo, dizem fontes

Temer pretende cortar ao menos 7 ministérios em eventual governo, dizem fontes


As junções de ministérios ainda estão em estudo, mas a intenção do vice-presidente é que a Esplanada, hoje com 32 pastas, fique com, no máximo, 25.

© Foto: Adriano Machado/Reuters As junções de ministérios ainda estão em estudo, mas a intenção do vice-presidente é que a Esplanada, hoje com 32 pastas, fique com, no máximo, 25.
A equipe de Michel Temer já tem na cabeça a eliminação de ao menos sete ministérios, unindo-os com outras pastas, para reduzir a conta para cerca de 25 caso o peemedebista assuma o governo com o afastamento da presidente Dilma Rousseff com a instalação do processo de impeachment, disseram à Reuters duas fontes do PMDB.
As junções de ministérios ainda estão em estudo, mas a intenção do vice-presidente é que a Esplanada, hoje com 32 pastas, fique com, no máximo, 25 – eram 39 antes da reforma administrativa feita por Dilma em outubro do ano passado.
“Todo o redesenho tem como objetivo economia para o governo federal e a simplificação das atividades do governo sem perda de eficiência. Muitas vezes há várias frentes para tratar de um mesmo tema. Não precisa de mais de uma estrutura”, disse à Reuters uma das fontes do partido de Temer.
Uma das intenções é criar um superministério da Infraestrutura, unindo Transportes, Portos e Aviação Civil. Essa era uma das ideias estudadas pela equipe de Dilma na reforma ministerial, mas foi abortada justamente para dar mais espaço ao PMDB no governo –Hélder Barbalho saiu da Pesca, unida ao Ministério da Agricultura, e foi para Portos, e Eliseu Padilha pôde ficar na Aviação.
Três mudanças prometem desagradar setores da sociedade civil e movimentos sociais. Temer estuda voltar a conjugar Educação com Cultura –pastas que foram separadas no governo de Fernando Henrique Cardoso-, o que deve gerar protestos no setor cultural.
O Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, criado em outubro por Dilma para unir as três pastas em uma só, seria passado para a jurisdição do Ministério da Justiça, que passaria a se chamar Justiça e Cidadania. Outra mudança seria a união dos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário também deve desaparecer. Ainda está em estudo se seria unido à Agricultura ou ao Desenvolvimento Social. “O mais provável neste momento é Desenvolvimento Social. Os protestos seriam menores”, disse a fonte.
Uma sétima pasta que pode deixar de existir é o Ministério das Comunicações. Com o avanço dos marcos legais e as agências reguladoras, alega a fonte, não há necessidade de Comunicações ser mantido como ministério. “A estrutura hoje é muito pequena, cuida basicamente de concessões”, disse.
Ainda há dúvidas de quem poderia absorver a estrutura. Uma das fontes disse à Reuters que o ministério poderia ser unido à Secretaria de Comunicação da Presidência, que hoje cuida do atendimento à imprensa e também da publicidade do governo.
Há dúvidas se a diminuição da estrutura da Esplanada será possível com a necessidade que Temer terá de contemplar aliados. A outra fonte, também próxima ao vice-presidente, afirma que essa não será uma dificuldade porque partidos poderão ter apenas um ministério, mas com mais poder. “Quem tiver um ministério da infraestrutura não precisará de três, por exemplo”, disse.
Ainda sim, a equipe de Temer levanta outros cargos de peso e com orçamentos razoáveis que não sejam ministérios para contentar partidos de uma possível base aliada, disse uma das fontes. Entram na conta, por exemplo, bancos públicos e autarquias como o Departamento de Obras contra a Seca (Dnocs), em uma conta que pode chegar a 20 cargos.

Voz Populi/CUT: Lula lidera pesquisa para 2018 com 31%

25 de abril de 2016 - 19h52 

Voz Populi/CUT: Lula lidera pesquisa para 2018 com 31%

Pesquisa Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) revela que o ex-presidente Lula (PT) chega a liderar com 31% as intenções de voto para presidente do país.


Reprodução
  
 A sondagem foi feita entre os dias 9 e 12 de abril deste ano, com brasileiros com idade superior a 16 anos, residente em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal, em áreas urbanas e rurais, de todos os segmentos socioeconômicos e demográficos, num total de 2 mil entrevistas.

A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%. Confira abaixo os números:

Cenário 1

Lula - 29%
Marina Silva - 18%
Aécio Neves - 17%
Jair Bolsonaro - 7%
Ciro Gomes - 5%
Ninguém/Branco/Nulo - 16%
NS/NR - 7%


Cenário 2

Lula - 31%
Marina - 23%
Aécio - 20%
Ninguém/Branco/Nulo - 19%
NS/NR - 7%

Entre dezembro do ano passado e abril deste ano, Aécio caiu 11 pontos percentuais (eram 31% em dezembro; 23% em fevereiro), Marina subiu de 19% em fevereiro para os 23% atuais. Lula oscilou um ponto.
 

Fonte: Brasil 247

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Zé de Abreu, ao vivo na Globo: Metade do Brasil acha que é golpe

Zé de Abreu, ao vivo na Globo: Metade do Brasil acha que é golpe

Durante participação no programa "Domingão do Faustão" neste domingo (24) ator defendeu Dilma e Zé de Abreu, ao vivo na Globo: Metade do Brasil acha que é golpeexplicou-se sobre briga em restaurante ocorrida esta semana
Durante participação no programa “Domingão do Faustão” neste domingo (24), ao vivo na TV Globo, o ator José de Abreu chamou de “golpe” o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, lembrou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é corrupto e que o vice-presidente, Michel Temer, que pode assumir o lugar de Dilma, já foi citado quatro vezes na Operação Lava Jato.Postado por Agência PT, em 24 de abril de 2016 às 21:57:42

Ao comentar o impeachment, José de Abreu destacou que a eleição da presidente Dilma por 54 milhões de votos “é um fato concreto”. “O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, diz literalmente: impeachment sem crime de responsabilidade é GOLPE. Metade do Brasil acha que é golpe”, afirmou.
“O que tem que se saber é que a corrupção começou a aparecer no Brasil porque pela primeira vez ela é combatida verdadeiramente. Pela primeira vez você vê os maiores empreiteiros do país estão na cadeia”. “Você acha que pelo menos disso estamos livres, a sociedade não vai baixar a guarda?”, indagou Faustão. “A não ser que entreguem o galinheiro para as raposas”, rebateu Abreu.
Sobre Michel Temer, Abreu lembrou que o vice-presidente já foi citado quatro vezes na Lava Jato. “É ele que vai assumir a presidência, se passar o impeachment”, alertou.
O ator criticou então o fato de o principal condutor do processo de impeachment ser um político corrupto, réu no STF e dono de contas secretas na Suíça, Eduardo Cunha. “Você lembra, como se dizia lá no futebol: pode tudo, só não pode juiz ladrão. Com juiz ladrão acaba o jogo. Onde já se viu o Cunha ser juiz da Dilma?”, indagou. “O Cunha é ladrão. Então o Cunha não pode ‘impichá’ a Dilma, gente! É um negócio absurdo!”, disse. “Foi pedido 140 anos de prisão pra esse cara. Como ele pode ser juiz da Dilma?”.
Briga no restaurante
O ator Zé de Abreu também comentou o episódio em que esteve envolvido na noite de sexta-feira (22). “Por que nós não podemos conviver pacificamente nesse país pensando diferente?”, questionou. Ele disse que o advogado carioca o chamou de “petista ladrão” em um restaurante japonês em São Paulo, e sua namorada chamou a mulher do ator de “vagabunda”. “Foi reação de um ser humano, normal. A minha primeira reação, de partir pra briga, eu consegui conter”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do “Brasil 247″

Bancadas da Bala, da Bíblia e do Boi pressionam Temer

Bancadas da Bala, da Bíblia e do Boi pressionam Temer
publicado: http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/bancadas-da-bala-da-b%C3%ADblia-e-do-boi-pressionam-temer/ar-BBsdIMV?li=AAggXC1&ocid=mailsignout

Formada por parlamentares ruralistas, evangélicos e defensores de propostas ligadas à segurança pública, a chamada bancada BBB – uma referência à “Boi, Bíblia e Bala” – foi fundamental na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no último dia 17. Em decorrência disso, cobra interlocução maior com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o apoio dele à suas agendas no Congresso Nacional.
A proporção de votos que seus integrantes deram contra a petista foi muito maior do que o apresentado no resultado final. O placar do plenário da Câmara foi de 367 votos a favor e 137 contra, uma proporção de 2,6 a favor para cada voto contrário. Na bancada evangélica, o placar foi 163 x 24 (uma proporção de 6,7 a 1), enquanto na da segurança foi 245 x 47 (5,2 favoráveis para cada contrário).
O desempenho faz com que essas bancadas queiram conquistar na era Temer toda a interlocução com o governo e apoio oficial no andamento de sua agenda no Congresso. “Já fomos até ele e sugerimos que ele crie uma interlocução oficial com a bancada BBB. Ele tem que entender que não é só interlocução com os líderes partidários que adianta”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), tesoureiro da Frente Parlamentar Evangélica.
Na avaliação do parlamentar, esse foi um dos principais erros dos governos do PT. O deputado afirma que só houve diálogo do governo com a bancada evangélica nos dois primeiros anos do governo Luiz Inácio Lula da Sila, entre 2003 e 2005.
“De lá para cá, nunca mais houve uma interlocução para equilibrar a pauta da esquerda com as nossas. Pelo contrário, sempre fizeram questão de fazer confronto ideológico”, reclama Cavalcante.
De acordo com o tesoureiro da Frente Evangélica, a pressão de pastores sobre deputados da bancada foi decisiva para a aprovação do impeachment de Dilma, entre eles Silas Malafaia (Assembleia de Deus), Edir Macedo (Igreja Universal) e Valdomiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de Deus).
Bala
Por sua vez, a bancada da bala espera que Temer abra espaço para aprovação de assuntos ligados à pauta conservadora, como a redução da maioridade penal e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento.
“É por isso que até agora não colocamos para votar essa questão do Estatuto do Desarmamento. Sabemos que na Casa passa, mas a presidente veta. Precisamos conversar mais com Michel para ter a possibilidade de fazer uma pauta positiva”, diz Alberto Fraga (DEM-DF), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, na Câmara.
Na avaliação do deputado, que é coronel reformado da Polícia Militar, o caráter majoritariamente conservador dos integrantes da bancada foi determinante para dar uma votação pró-impeachment acima da média. “Já esperávamos uma votação assim. A bancada da segurança pública, em sua maioria esmagadora, é conservadora, é de direita”, afirma Fraga.
Ruralistas
Dentre os integrantes da bancada ruralista, a proporção foi menor que a do plenário. Foram 64 votos a favor e 33 contrários (1,9 a favor para cada contrário). A explicação é que boa parte da Frente é integrada por parlamentares ligados ao petismo, como os egressos da agricultura familiar.
Ainda assim, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, quer que Temer foque sua gestão no agronegócio. A bancada quer que o peemedebista “feche as torneiras” para os programas de interesse do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Ela também defende o apoio de Temer à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil.
O maior número de votos veio da bancada dos parlamentares que se apresentam como empresários. Foram 184 votos a favor e 30 contra, uma proporção de 4,46 contra o governo para cada um favorável. A bancada cobra de Michel Temer estímulo ao empreendedorismo e principalmente reforma tributária, flexibilização da legislação trabalhista e medidas de deburocratização da economia. “Ele tem que fazer reformas do ponto de vista da liberação da economia, como baixar juros, dar liquidez ao mercado, mudar a legislação trabalhista, que hoje é muito cara para empresas, e ter uma visão clara de que a tributação deve ser em cima do ganho e não do investimento”, diz o deputado Danilo Forte (PSB-CE). A principal demanda é o apoio de Temer ao projeto que regulamenta a terceirização e apoio a reformas imediatas que possibilitem a retomada da confiança. Segundo Forte, nas conversas que já teve com o vice, ele sinalizou que “logo na partida” quer tomar “medidas de impacto” nesse sentido. O levantamento dos empresários da Casa foi fornecido pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).