sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Nos Estados, PSDB terá mais verba de investimento; PMDB lidera em dívida

Nos Estados, PSDB terá mais verba de investimento; PMDB lidera em dívida

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Maior partido da oposição, o PSDB também terá, no próximo ano, o maior volume de recursos para realizar investimentos nos Estados, de acordo com as previsões orçamentárias para 2015.
Juntos, os cinco governadores eleitos pelo partido terão R$ 24,5 bilhões para aplicar, por exemplo, em obras de infraestrutura, compra de equipamentos e construção de hospitais ou escolas.
Em segundo no ranking está o PMDB, com sete governadores e R$ 18,8 bilhões. Depois, aparece o PT, com cinco eleitos e R$ 18,2 bilhões.
Entre investimentos previstos em gestões tucanas, dois terços, ou R$ 16,3 bilhões, estarão com Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.
Apesar de ter a maior arrecadação de todos os Estados, estimada em R$ 204,6 bilhões, Alckmin destinou menos de 8% do Orçamento para investimentos no próximo ano. O valor fica abaixo da média nacional, de 13%.
Editoria de Arte/Folhapress
Para o especialista em políticas públicas Ricardo Gaspar, da PUC-SP, o investimento está abaixo do considerado ideal, que seria em torno de 15% do Orçamento.
"Tendo em vista os desafios relacionados à crise da água e o que isso implica em termos de investimento, como a abertura de novos reservatórios e linhas de adução, é um patamar baixo", afirma.
O governo de São Paulo afirma que os investimentos relacionados à crise da água entram no Orçamento da Sabesp, empresa não dependente do Tesouro. Diz ainda que, se considerado esse tipo de aplicação, mais os valores de inversões financeiras (aquisição de patrimônio) e projetos em custeio, os investimentos chegariam a 13%.
Segundo o governo paulista, o Estado triplicou sua capacidade de investimento desde 2003.
Goiás, governado pelo reeleito Marconi Perillo (PSDB), definiu estradas como prioridade, e quase metade dos investimentos irão para a pasta de Infraestrutura.
O setor de transportes também foi priorizado no Rio de Janeiro, que terá o maior investimento entre as administrações do PMDB. Estão previstos R$ 2,9 bilhões para ampliação do metrô e R$ 924 milhões para a urbanização de comunidades.
Minas Gerais, que será pela primeira vez governado pelo PT, tem sustentado seus investimentos com financiamentos –no ano que vem, os empréstimos bancarão 38% deles, segundo o governo.
Um empréstimo em negociação com o BID, por exemplo, deve garantir R$ 160 milhões para segurança pública em 2015.
O governador eleito Fernando Pimentel (PT) criticou a estratégia, por aumentar o endividamento do Estado. "É como se Minas tivesse caído na armadilha do cheque especial. Vive no rotativo", declarou durante a campanha.
Outro Estado onde o PT governará pela primeira vez, o Ceará é quinto lugar em volume de investimentos. O eleito Camilo Santana deverá aplicar os R$ 4,9 bilhões sobretudo em saúde, educação e segurança –suas bandeiras de campanha.
COBERTOR CURTO
Mas as dívidas em outros Estados têm comprometido os investimentos. Governadores se queixam de que o pagamento dos juros consome boa parte do orçamento, e as obras só podem ser bancadas com novos empréstimos.
O PMDB será o partido com a maior dívida proporcional: ela representa 78% da receita nos sete Estados que serão administrados pela sigla.
No RS, o Estado mais endividado do país, o governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) terá apenas 4% do Orçamento para investir em 2015. A nova gestão irá pleitear a redução dos juros e o aumento do prazo para retomar a capacidade de investimento.
O especialista em contas públicas Amir Khair avalia que os futuros governadores terão que buscar saídas criativas para poder investir, como as parcerias público-privadas e melhorar a gestão.
"É perfeitamente possível ter melhor gestão das despesas dos Estados, ou seja, com os mesmos recursos, conseguir fazer muito mais.

Veja mentiu sobre declaração de doleiro

Veja mentiu sobre declaração de doleiro
Jacó Costa08:46 0 comentários


Do Muda Mais:

VEJA MENTIU SOBRE DECLARAÇÃO DE DOLEIRO: A ACUSAÇÃO QUE “ELES SABIAM DE TUDO” NUNCA FOI FEITA

Uma REPORTAGEM DA REVISTA VEJA publicada às vésperas da eleição, trazendo fortes acusações à presidenta Dilma e ao ex-presidente Lula, quase mudou o resultado do pleito. Segundo a matéria, o doleiro Alberto Youssef teria dito, em depoimeto à Polícia Federal e ao Ministério Público, que Lula e Dilma “sabiam de tudo” sobre o caso de corrupção na Petrobras. A fala era, inclusive, a capa da publicação.

Passadas as eleições, que tiveram um resultado apertado com Dilma reeleita, a verdade aparece: TAL ACUSAÇÃO NUNCA FOI FEITA. Isso mesmo: YOUSSEF NUNCA PROFERIU TAL FRASE . A informação vem do advogado do doleiro, Antônio Figureido Basto, que garante que, no suposto dia da acusação, “não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira”. Para Basto, houve má-fé – seja da revista ou da fonte utilizada na reportagem: “Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo”, sentencia.

O TSE já obrigou Veja a publicar DIREITO DE RESPOSTA do PT e, em pleno domingo de votação, o site da revista mostrava em sua capa a resposta petista, que revelava a verdade. A credibilidade da publicação, já em baixa, chegava ao fundo do poço. O STF pode ainda obrigar Veja a dar à resposta a mesma publicidade que foi dada à reportagem mentirosa: ou seja, a revista impressa teria que circular com capa e páginas internas com a fala do PT, escancarando a parcialidade do periódico.

Longe de ser jornalismo, mais que mentira: Veja cometeu um crime, quase alterando o resultado de uma eleição democrática e subjugando a vontade soberana do povo às suas farsas e interesses. A verdade veio à tona; que agora venha a justiça.

VejamentiradilmaLulaeles sabiam de tudo

Para PSDB, confiança do TSE é muito suspeita

Para PSDB, confiança do TSE é muito suspeita

Josias de Souza
Há no Brasil 142.822.046 eleitores aptos a votar. Desse total, foram às urnas no segundo turno da eleição presidencial 112.683.879 almas. Houve 1.921.819 votos em branco e 5.219.787 nulos. Restaram 105.542.273 votos válidos. Desses, 54.501.118 (51,64%) foram para Dilma Rousseff. Seu rival Aécio Neves arrastou 51.041.155 (48,36%). Com 3.459.963 votos a mais, Dilma prevaleceu sobre Aécio, reelegendo-se. E os brasileiros foram cuidar do seu feijão com arroz.
De repente, decorridos quatro dias, o PSDB de Aécio protocolou no Tribunal Superior Eleitoral um pedido de “auditoria especial” do resultado do pleito. O tucanato esclarece na petição que não põe em dúvida a lisura da apuração e o trabalho da Justiça Eleitoral. Em nota, o partido enfatizou: “Temos absoluta confiança de que o TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral.”
Uma pessoa apressada poderia perguntar: se o PSDB confia na correção do TSE, por que diabos deseja auditar as urnas? Um observador mais sofisticado compreenderá os tucanos. Pode existir alguma coisa mais suspeita do que uma conduta absolutamente irrepreensível? Pois é. O PSDB reiterou sua “confiança na Justiça Eleitoral''.  Mas a turma da internet levou o pé atrás.
O PSDB anotou em sua petição: “Nas redes sociais, os cidadãos brasileiros vêm expressando (…) descrença quanto à confiabilidade da apuração dos votos e à infalibilidade da urna eletrônica, baseando-se em denúncias das mais variadas ordens'', anota a petição do PSDB. É para tranquilizar a militância virtual que o PSDB pede uma auditoria. Bom, muito bom, ótimo. Há mesmo muita coisa estranha no ar.
Por exemplo: a eleição ocorreu em outubro. Trata-se de um mês que está assentado no calendário bem perto de outros dois meses suspeitíssimos. Como explicar que o 11º e o 12º mês do ano se chamem NOVEmbro e DEZembro?
Não é só: na última terça-feira (28), ao proclamar o “resultado parcial” das urnas, o TSE designou ministros para conferir os dados. Os Estados foram subdivididos em grupos e repartidos por sorteio.
O ministro Gilmar Mendes vai aferir os dados de quatro Estados: Amazonas, Alagoas, São Paulo e Tocantins. Seu colega Luiz Fux passará em revista as informações de Minas, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E assim sucessivamente… Só depois dessa revisão geral é que ocorrerá uma “proclamação oficial” do resultado das eleições.
Tanta checagem só poderia mesmo despertar essa onda de desconfiança que o PSDB detectou nas redes sociais. De novo, pode ter algo mais suspeito do que uma conduta assim, digamos, absolutamente irrepreensível?
O TSE ainda não deu uma resposta ao pedido de auditoria formulado pelo PSDB. Enquanto espera, o partido talvez devesse realizar uma auto-auditagem. Olhando-se no espelho, os tucanos poderiam perguntar a si mesmos: num instante em que 7 em cada 10 eleitores desejavam mudanças, como a maior legenda de oposição do país conseguiu eleger a adversária da continuidade?
Refinando a auto-investigação, o PSDB poderia perseguir uma segunda resposta: como Aécio Neves, o príncipe das Minas Gerais, foi capaz de ser  derrotado no seu principado pela mineira-gaúcha Dilma Rousseff? Se encontrar respostas para essas questões, o tucanato talvez retire o pedido de auditoria que protocolou no TS

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Candidato ao governo do RN, presidente da Câmara se queixa de Lula

Candidato ao governo do RN, presidente da Câmara se queixa de Lula

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

71% criticam agressividade na eleição

71% criticam agressividade na eleição


Para 36% dos eleitores, Aécio Neves (PSDB) é o candidato mais agressivo deste segundo turno. JáDilma Rousseff (PT) (PT) pontua 24% nesse quesito.
Os dados são de pesquisa Datafolha que foi a campo nesta terça-feira (21). Outros 32% responderam que os dois rivais estão sendo igualmente agressivos.
No total, 71% dos eleitores disseram não concordar com a beligerância registrada neste segundo turno. Para eles, a agressividade não faz parte da disputa. Já 27% afirmaram acreditar que a agressividade faz, sim, parte da disputa.
Ao menos da parte do PT, os ataques tendem a continuar. A campanha de Dilma atribui o resultado de pesquisa Datafolha que a mostrou numericamente à frente de Aécio aos ataques sobre a vida pessoal e a experiência administrativa do tucano exibidos nos programas de TV do partido.
Editoria de Arte/Folhapress
Até domingo (26), dia da eleição, a tática petista de ataques será mantida, mas com alguns cuidados para driblar o Tribunal Superior Eleitoral. Desde a semana passada, nova jurisprudência do TSE proíbe ataques no horário eleitoral do rádio e da TV.
O principal foco da campanha agora será explorar a crise hídrica em São Paulo. Pesquisas internas do PT mostram, segundo assessores, que a crise "pegou" na candidatura do tucano.
Já a campanha de Aécio avalia que, mais do que a desconstrução na propaganda oficial, foi a "rede de boatos" da militância petista que desidratou a imagem do tucano.
Somada às críticas veiculadas no horário eleitoral, mensagens em redes sociais e telefones vinculando o candidato a temas polêmicos teriam impactado o eleitor que aderiu recentemente a Aécio, mas não o conhece bem.

Nos últimos dias, foram disparadas em diferentes plataformas mensagens que vinculam o tucano a álcool e drogas, à falta de água em São Paulo e ao fim dos programas sociais. 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Datafolha: crescimento no Sudeste impulsiona intenção de voto em Dilma

Datafolha: crescimento no Sudeste impulsiona intenção de voto em Dilma

No total do país, a candidata do PT avançou de 43% para 46% e Aécio oscilou de 45% para 43%.

O crescimento no Sudeste, região onde tem concentrado a campanha, impulsiona as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa com Aécio Neves no segundo turno, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira. Apesar de continuar atrás do tucano, a petista cresceu cinco pontos na região em relação ao levantamento anterior realizado nos 14 e 15 de outubro. Dilma passou de 35% para 40% das intenções de voto na região mais populosa do país, enquanto Aécio oscilou de 50% para 49%.
No total do país, a candidata do PT avançou de 43% para 46% e Aécio oscilou de 45% para 43%. Se considerados apenas os votos válidos, a vantagem da petista é de 52% a 48%, no limite da margem de erro do levantamento que é de dois pontos para mais ou para menos.
Dilma também cresceu no Nordeste, no Centro-Oeste e Norte. No Sul, ela oscilou negativamente um ponto, de 34% para 33%. É nessa região que Aécio possui a sua maior vantagem sobre a adversária, apesar de ter reduzido a sua intenção de voto de 53% para 51%. No Nordeste, a petista cresceu três pontos a agora tem 64%, contra 27% do tucano (que tinha 29% na pesquisa anterior). Já no Centro-Oeste, Dilma foi de 33% para 39% e Aécio caiu de 57% para 48%. No Norte, a candidata do PT avançou de 51% para 55% e o candidato do PSDB oscilou de 40% para 39%.
Na divisão por renda, o Datafolha registrou uma aproximação entre os dois candidatos na faixa dos que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos. A vantagem de Aécio nesse grupo, que era de 11 pontos na pesquisa anterior, caiu para apenas três agora. O tucano tinha 50% das intenções de voto e passou para 46% e Dilma foi de 39% para 43%.
Nos demais faixas de renda, houve apenas variações de intenção de voto dentro da margem de erro. A petista lidera apenas no grupo dos que recebem até dois salários mínimos, com vantagem de 55% a 34%. No levantamento anterior, a diferença era de 53% a 35%. Entre os ganham entre cinco e dez salários mínimos, a tucano lidera por 57% a 33%. Já entre os que possuem renda acima de dez salários mínimos, o candidato do PSDB tem 65% contra 29%.
O Datafolha mostrou ainda que Dilma passou a liderar entre as mulheres. A campanha petista vem acusando Aécio de desrespeitar as mulheres por, nos debates, dizer que a adversária mente e é leviana. A candidata do PT passou de 42% para 46% entre as eleitoras do sexo feminino. Aécio caiu de 44% para 41%. A pesquisa indica também que caiu a vantagem de Aécio entre os homens. A sua intenção de voto entre os eleitores do sexto masculino oscilou de 48% para 46%. Já a petista foi de 42% para 45%.
O levantamento também perguntou aos eleitores quem foi melhor no debate da TV Record, realizado na noite de domingo. Mais da metade dos entrevistados (56%) não souberam informar. Já para 22% Aécio venceu o confronto. Outro 16% disseram que a vitoriosa foi de Dilma.
postado por: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/datafolha-crescimento-no-sudeste-impulsiona-inten%C3%A7%C3%A3o-de-voto-em-dilma/ar-BBapDW9?ocid=mailsignout - 21.10.2014

domingo, 19 de outubro de 2014

Cartel da Lava Jato doou R$ 456 milhões

Cartel da Lava Jato doou R$ 456 milhões


Ricardo Brandt e Valmar Hupsel Filho. Colaborou Daniel Bramatti
As empresas acusadas de formar um cartel para lotear grandes licitações públicas no País, segundo investigação da Operação Lava Jato, doaram R$ 456 milhões a PT, PMDB, PSDB, PSB, DEM e PP nos últimos sete anos, sem fazer distinção entre situação e oposição. Parte do dinheiro foi repassada às legendas em valores fixos e mensais.
Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, parte desse dinheiro teve como origem esquemas de fraudes em contratos, lavagem de dinheiro e corrupção, e foi parar nas campanhas presidenciais de 2010 do PT e do PSDB. Levantamento feito pela reportagem mostra que o PT e o PSDB, juntos, receberam 55% do total repassado aos seis partidos via diretório nacional. Os R$ 456 milhões que irrigaram as contas dessas legendas de 2007 a 2013 - período que o Tribunal Superior Eleitoral publica para consulta na internet - representam 36% do total doado às seis legendas por pessoas jurídicas em geral, no período.
Esse tipo de doação é legal, mas tem uma fiscalização mais frouxa em relação à eleitoral, e sempre foi usada para tentar dissimular a origem do dinheiro que abastece campanhas.
Repasses mensais. O mapa do dinheiro feito pelo Estado mostra que as construtoras fizeram repasses mensais em valores fixos muitas vezes e pulverizados por partidos, tanto da situação como oposição. É o caso da Andrade Gutierrez, líder no total repassado: R$ 128 milhões aos seis partidos. Para o PT, em 2010, ela deu R$ 15 milhões, sendo que alguns mensais fixos, como três depósitos de R$ 700 mil cada entre fevereiro e abril. Para o PSDB, a Andrade Gutierrez fez 24 repasses, totalizando R$ 19 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


sábado, 18 de outubro de 2014

Dilma diz que houve desvio de dinheiro público na Petrobras

Dilma diz que houve desvio de dinheiro público na Petrobras

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na tarde deste sábado (18) que houve desvio de recursos na Petrobras e que pretende fazer o possível para ressarcir os danos causados aos cofres públicos.
"Eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. Se houve, não: houve, viu?", disse Dilma.
A declaração foi feita durante coletiva no Palácio do Planalto, quando a presidente foi questionada sobre quais medidas administrativas poderia tomar em relação às denúncias de corrupção envolvendo a estatal. Dilma não detalhou que tipo de desvio houve tampouco o montante.
Tanto o doleiro Alberto Yousseff quanto o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa revelaram em depoimentos à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal, com quem firmaram um acordo de delação premiada, que contratos da Petrobras eram superfaturados para pagar propina a partidos, políticos e financiar a campanha eleitoral de 2010.
Dilma deixou claro que é preciso esperar a conclusão da ação judicial para saber exatamente quanto deverá ser ressarcido. "Daqui para frente, a não ser que eu seja informada pelo Ministério Público ou pelo juiz, eu não tenho medida nenhuma a tomar. Não é o presidente quem processa. Eu tomarei todas as medidas para ressarcir tudo e todos. Mas ninguém sabe hoje ainda o que deve ser ressarcido. A chamada delação premiada onde tem os dados mais importantes não foi entregue a nós. Até eu pedi. Pedi tanto para o Ministério Público quanto ao ministro do Supremo, que disseram ser sigiloso", disse.
Os dois delatores apontaram beneficiários do esquema tanto na base de apoio à Dilma (PT, PMDB e PP), quanto no PSDB, partido de seu principal adversário na corrida presidencial, Aécio Neves.
"Eu não acho que alguém no Brasil tenha a primazia da bandeira da ética. Até o retrospecto do PSDB não lhe dá essa condição. Acho que não dá a partido nenhum. Todos os integrantes de partido, qualquer um, que tenham cometido crime, delito, malfeito têm de pagar por isso", disse Dilma.
A presidente criticou ainda os vazamentos seletivos em relação às revelações dos delatores do esquema. "Eu não vou aqui comemorar nada. Só acho que o pau que bate em Chico, bate em Francisco. Essa é uma lei".
"LEVIANA"
Neste sábado, Dilma disse também que se sentiu desrespeitada pelo adversário Aécio Neves (PSDB) quando ele a chamou de "leviana".
"Quando começa a discussão, o candidato adversário não gosta muito. Ele parte para algumas atitudes um tanto quanto desrespeitosas. Foram desrespeitosas comigo, foram desrespeitosas com a Luciana Genro. Ele pode inclusive querer processar, mas quem deveria processa-lo somos nós", disse a presidente, durante coletiva no Palácio do Planalto.
Dilma se referia à decisão da campanha do tucano de processá-la por injúria e difamação por conta de uma inserção que circulou neste sábado. No vídeo, a campanha de Dilma diz que Aécio tem mostrado dificuldade em respeitar as mulheres e mostra imagens de dois debates nos quais o candidato chamou de leviana Luciana e Dilma. "Você acha que um candidato a presidente pode agir dessa maneira?", diz o locutor na inserção.
Dilma reclamou da postura do concorrente. "A nós duas ele chamou de leviana, coisa que não se faz. Não é uma fala correta para mulheres. Eu lamento muito. Eu tenho que discutir, eu não tenho só propostas genéricas", afirmou. "Você, chamada de leviana, se sentiria o que?", completou, ao ser questionada se sentiu desrespeitada.
CRÍTICA
A presidente também criticou a política de desenvolvimento da indústria naval proposta por Aécio Neves. Ela disse que o adversário ao mesmo tempo que promete reforçar o setor diz, em seu programa de governo, que pretende racionalizar as exigências da política de conteúdo local, que visa produzir equipamentos, bens e serviços para o setor.
Dilma disse que até 2018 a Petrobras deverá investir US$ 100 bilhões na indústria naval e que um dos principais orgulhos da gestão dela como ministra no governo Lula (2003-2010) e como presidente foi ter ajudado a "ressuscitar" o setor. Para Dilma, o que Aécio propõe é "estarrecedor".